CASADOS NA ICM: A DOR DA SOLIDÃO

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“A ciência sem fé é loucura, e a fé sem ciência é fanatismo.”(Martinho Lutero.)

Não é de hoje que muitas mulheres se queixam de seus maridos, “varões valentes da Obra”, por causa da dedicação extremada que eles concedem à ICM, instituição religiosa da qual são obreiros, diáconos e pastores. Com a instalação definitiva de um governo escravocrata e ditatorial, várias famílias, não raras vezes, são conduzidas ao fundo de um buraco escuro, por uma escada de mão-única, construída pelas mesmas mentes insanas que através de sua malévola liderança, semearam o caos interpessoal no seio dessas famílias, e seguem oferecendo, cinicamente, seu “braço amigo”, cujo propósito único é mantê-las enterradas e sem forças (sem esclarecimento bíblico) para explorar a situação em busca de uma saída.

Esse quadro de insatisfação conjugal gerado pelo pesado fardo icemita, maltrata, sobretudo, as esposas de diáconos, pastores ou obreiros bem engajados, e está inegavelmente presente em todo o universo maranático. Ao final das contas, frente à inevitável crise, a ICM atribui a falência de um casamento à infantilidade dos cônjuges, quando, na verdade, a causa preponderante de tal infortúnio é a “mentalidade de Obra”, padronizada, alienante, ensinada enfaticamente em seminários em que os membros são programados para o trabalho exaustivo e incondicional em prol da famigerada “Obra”, abdicando de sua vida pessoal, social e familiar, para atender, unilateralmente, aos interesses do Presbitério.

Lares estão sendo destruídos gradativamente. Brigas e discussões surgem progressivamente entre casais que tenham sido “levantados” para algum serviço do templo, ao qual abraçam ingenuamente, sem enxergar o prejuízo a que estão prestes a se submeter. Assim, sob o treinamento maligno do PES, pessoas são enganadas e têm sua felicidade literalmente sugada. Em suas mentes, a voz de seus feitores ecoa incessantemente dizendo: “Obra”!!!, “Obra”!!!, “Obra”!!!

A mulher, via de regra, é sempre a mais prejudicada, uma vez que o sistema quadragenário, além de escravagista, é altamente machista. Em suas reuniões exclusivas para “varões”, a mulher é execrada, desvalorizada, reputada, até mesmo, por endemoninhada. Lá, ensina-se que a mulher representa grave obstáculo ao bom desempenho dos maridos na santa, imaculada e toda-poderosa “Obra”.

Na ICM as mulheres são tratadas como seres desprezíveis (tanto em sabedoria quanto em entendimento espiritual). Se forem casadas com pastores, diáconos ou obreiros, recebem, imediatamente o rótulo de “seres perigosos” para a “Obra”. Nas tais reuniões exclusivas para homens, onde uma pandilha de “sábios   espirituais” destila seu veneno preconceituoso, não faltam gargalhadas e piadinhas maledicentes acerca do comportamento feminino, que insinuam ser a mulher um ser ignóbil, patético, desprovido de razão, cujos “pitis” devem ser relevados. Os homens icemitas são ensinados a não dar ouvidos às manifestações próprias da personalidade feminina, tendo em mente tratar-se de pessoas desprovidas de capacidade para “viver a Obra”, dominadas por cargas hormonais que as fazem ter emoções e carências exageradamente afloradas.

É maravilhoso termos nossos corações voltados para trabalho de Deus, mas é necessário cumprirmos corretamente uma escala de prioridades, qual seja: 1ª Deus; 2ª Marido/Mulher; 3ª Filhos; 4ª Trabalho; 5ª Igreja ou “Obra”. Alterações na ordem de nossas prioridades podem acarretar numa falta de controle generalizada, com risco grave de não conseguirmos executar com sucesso todas as nossas tarefas. Dizemos isso por experiência própria: ao tentarmos viver a “Obra como forma de vida”, concluímos que, ao contrário, estaríamos vivendo uma “Obra de destruição de relacionamento familiar e profissional”, e, fatalmente, uma “Obra de destruição espiritual”. Isso explica as frequentes ocorrências de lares divididos, incompletos, adultérios, divórcios, desafeto e desamor entre casais e filhos icemitas. Tudo porque estão invertendo as prioridades que por Deus mesmo foram estabelecidas. Quer consertar a sua vida espiritual? Quer consertar o seu casamento? Quer consertar a sua vida familiar? Quer consertar a sua vida profissional? Quer consertar a sua vida na igreja? Enquadre-se na escala de prioridades apresentada!
Na vida do cristão, a igreja (institucionalmente falando) é a última das prioridades. Obviamente não estamos aqui sugerindo que devamos nos negar ao serviço do Reino. A Bíblia nos ensina a termos Deus sempre em primeiro lugar, e nos promete que as demais coisas nos serão acrescentadas. Isso quer dizer que devamos exercitar nossa fé, buscar ao Senhor antes de qualquer outra coisa, e Ele nos capacitará para conduzirmos nossos compromissos diários, inclusive aqueles de cunho eclesial, sem prejuízo de uma ótima convivência no lar e no trabalho.

Priorizar Deus em nossa vida é sempre andar junto dEle, em confiança, fé e oração, suplicando ao Senhor que sempre esteja à frente de nossas vidas, livrando-nos de tudo aquilo que porventura vá de encontro aos valores do evangelho genuíno. Isto nada tem a ver com interesses e determinações denominacionais, que distorcem a sã doutrina, banalizando-a e desmoralizando-a, como fazem muitas instituições.

“Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,” Efésios 5:25
“Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.” 2Pedro 3:7

Nos versículos mencionados acima, Paulo e Pedro admoestam o cristão casado a cuidar de sua mulher como um vaso frágil que requer toda atenção de cuidado, assim como Jesus – note a importância – ama e cuida de sua igreja. A mulher, por conseguinte, deve amar o marido como a Igreja ama a Jesus. Seja, portanto, o lar cristão, dotado de mútua lealdade, fidelidade recíproca, companheirismo, atenção, paciência, amor, carinho e compreensão.

Marido e mulher são definidos pela Palavra como sendo “uma só carne”. Não é difícil, então, compreendermos a necessidade de estarem em plena sintonia um com o outro, no que tange à prioridade. Os filhos vêm a seguir, e devem ser alvos da mesma atenção e amor. Depois, devemos cuidar de nosso trabalho, pois representa o sustento, sem o qual, uma família não pode sobreviver neste mundo competitivo e capitalista. O provimento é um dos requisitos básicos para a manutenção do lar, e sem ele a felicidade torna-se incompleta por razões óbvias. Por fim, nos dedicamos aos trabalhos eclesiais. Certos de que nossos compromissos com o lar e com o trabalho estão cumpridos, temos tranqüilidade para prestar nossa contribuição para com a congregação, de forma salutar e eficiente.

“Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? );” 1 Timóteo 3:4-5
“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” 1Timóteo 5:8

Na ICM, contudo, a programação mental exercida pelos “engenheiros adoradores da Obra”, atropela brutalmente o ser humano, e anula os efeitos do Evangelho, pois ele deixa de ser pregado em seu contexto.

Para os mestres do “sinédrio maranático” a “Obra” é sinônimo do próprio Deus. Para eles, seus templos são a expressão terrena do Reino de Cristo. Assim sendo, concluem que, se Deus deve está em primeiro lugar, logo, a sua “Obra” também deve. Isso é heresia, não tem fundamento bíblico. Não se pode cometer o insano equívoco de equiparar uma denominação religiosa ao próprio Deus ou a Seu Reino. Eis o ponto a que chega a infantilidade do PES: A “Obra” usurpa o primeiro lugar na escala de prioridades do servo, e se posiciona AO LADO DO PAI. É por isso que muitos apaixonadamente adoram ICM, pois ela se anuncia como a representante única de Deus na Terra (vicarius fili Dei). Como conseqüência, mulher, filhos, e trabalho são preteridos, prejudicados, desgastados e derrotados.

Não há como negarmos que a mente avarenta e ávida por cifrões dos dirigentes e idealizadores da “Obra” esteja por trás de tamanha esculhambação. Tomam para si toda a atenção e dedicação devidas a Deus, numa demonstração escandalosa de engodo e politicagem, que visa tão somente dar suporte aos interesses dessa denominação-empresa religiosa, farisáica e adoradora de si mesma.

Observemos atentamente ao que nos diz a Bíblia, em I Coríntios cap. 7:
“Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.” 1 Coríntios 7:5

O texto nos informa, de início, que seria bom o homem não tocar em mulher, mas, para evitar o pecado, cada homem deve escolher a sua esposa, para que seja ele dela e ela dele. No versículo em epígrafe, verificamos uma recomendação muito coerente de Paulo: Não se prive o casal um do outro, salvo se forem jejuar ou orar, por consentimento mútuo e MOMENTANEAMENTE, para desviarem-se da tentação de Satanás.

Mulher se priva do marido ou vice-versa, corre o risco de incorrer em adultério, tristeza, separação e inimizade. Contudo, é mister compreendermos que “se privar” não significa simplesmente abster-se de sexo. As mulheres, muito mais do que os homens, precisam de carinho e companheirismo. Elas são mais frágeis emocionalmente, e precisam sentir-se seguras nos braços de seus maridos. O sistema escravocrata e sufocante da ICM as tem privado de um convívio familiar saudável, despedaçando seus corações e promovendo crises.

O versículo nos faz entender que não dar atenção ao cônjuge é algo ANTI-BÍBLICO. É um desacato à Palavra de Deus não dispensar tempo para a família sob o pretexto de estar atendendo a uma revelação, pois Deus jamais revelaria algo contrário às Sagradas Escrituras, Seu ensino.

“Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido.” 1Coríntios 7:10

Analisemos a rotina típica de um casal-padrão da “Obra”: O marido acorda 05h00min para estar na igreja às 06h00min. Por volta das 07h00min, ele passa em casa para tomar café ou se dirige imediatamente ao trabalho. Depois de um dia estressante de labuta, chega em casa por volta das 18h:30min, já atrasado para o Culto-Profético (muitas vezes ele vai direto do trabalho para a igreja), permanecendo no templo até pouco depois das 21h:00min. Chega em casa por volta das 22h:00min (isso se não houver reunião ou visita pós-culto). Finais de semana quase sempre são recheados de reuniões, seminários, ensaios, mutirões, convocações, evangelizações ou visitas, além dos cultos normais.

À esposa, quando ela não trabalha ou estuda (a maioria dos casos), cabe acompanhar o marido de manhã e à noite na igreja, além de esquentar a comida depois das 22h00min, horário que o marido costuma jantar. Para ela, a rotina do fim-de-semana se assemelha ao do esposo, uma vez que a maioria das reuniões de senhoras se dá aos sábados, o que gera um inconveniente enorme quando o marido não é da igreja, e não entende a razão pela qual uma igreja o está privando da própria companheira, que mesmo aos domingos não chega em casa antes das 11h30min. Assim é a rotina das pessoas da “Obra”, afastadas do convívio familiar em troca das rotinas desgastantes da igreja, o que torna seu casamento monótono e pesado, fadado à ruína total.
Apenas como abordagem didática, gostaríamos de fazer um paralelo entre a Maranata e a Católica, pois neste assunto a ICM consegue errar muito mais do que a ICAR. Observemos os seguintes versículos:

“Digo, porém, isto como que por permissão e não por mandamento. Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra. Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu.” 1 Coríntios 7:6-8

E ainda:
“E bem quisera eu que estivésseis sem cuidado. O solteiro cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor; mas o que é casado cuida das coisas do mundo, em como há de agradar à mulher.

Há diferença entre a mulher casada e a virgem. A solteira cuida das coisas do Senhor para ser santa, tanto no corpo como no espírito; porém, a casada cuida das coisas do mundo, em como há de agradar ao marido.” 1 Coríntios 7:32-34

O casamento é um compromisso muito sério, e Paulo entendia isso. Eis porque ele fez questão de destacar a importância do marido agradar sua esposa e vice-versa. Não foi uma crítica aos casados, mas uma constatação muito clara de que a manutenção de um casamento depende de agrado mútuo (vs. 33 e 34).

Um dos grandes males da ICM, é que ela quer tratar o casado como se fosse solteiro, como se ele fosse capaz de cuidar das coisas do Reino como Paulo, que era solteiro. Erra grosseiramente o casado que se propõe a viver como se solteiro fosse, sob qualquer pretexto. Isso não agrada nem a(o) companheiro(a) e nem ao Senhor. Portanto, mesmo cuidando das vontades da denominação, da satisfação do pastor e da própria aparência diante da congregação, estará desagradando ao Senhor, que é perfeito e quer que sejamos plenamente felizes.

Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; (…) que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? );” 1 Timóteo 3:4-5

A carta escrita a Timóteo reitera que quem não cuida da esposa e dos filhos, quem não se preocupa em manter o bem-estar da família e a união de um casamento, não cumpre o propósito bíblico. Este desagrada ao Senhor enquanto nutre os interesses empresarias de seus líderes religiosos, dando lugar ao diabo.

Mas, o que tem a ICAR com tudo isto? Não, não somos defensores do celibato, tampouco das aberrações da Igreja Romana, pois em nenhum momento a Bíblia apóia tal prática. Paulo emitiu uma opinião pessoal. Não há também, mandamento que obrigue o pastor a ser casado (o texto em 1 Timóteo 3 vs. 2 não fala isto, basta analisarmos com parcimônia as palavras de Paulo). Na realidade, as duas instituições incorrem no mesmo erro, porém se prendem a extremos opostos. Mas por qual motivo o erro da ICM é maior do que o da ICAR? Meditemos:

Na ICAR, apesar da obrigatoriedade do celibato, não há imposições para que seu adepto se torne um padre e passe a viver uma vida casta. Já na ICM, há uma grande expectativa em torno do jovem para que ele se interesse pelos cargos da igreja, além de um incentivo veemente aos para que encontrem logo uma companheira que tenha o perfil da “Obra”. Alguns pastores cometem o absurdo de promover a aproximação entre jovens moços e moças, indicando-os uns aos outros, até mesmo com ligeiras determinações autoritárias.

Enquanto na primeira existe uma disposição voluntária do membro para o cargo de padre (vocação), na segunda o jovem é induzido desde cedo a almejar o cargo de pastor (treinamento). Há, também, uma espécie de “treinamento informal” para as mulheres candidatas a se casar com obreiros, que consiste em ensiná-las a reverenciar o companheiro por ser um “pilar” da “Obra”. A Palavra de ordem é: Tudo pela “Obra”, quase nada pela vida pessoal! Temos notícia de casos em que pastores se gloriavam porque suas esposas os chamavam de “senhor”.

Na igreja católica, o jovem sabe que, apesar de ter que carregar para sempre o voto de castidade, ele vai ter todo o seu sustento vindo do Vaticano. Não precisará se preocupar com quase nada na vida, terá uma vida legítima de solteiro, com tempo para fazer o que quiser, inclusive passar o resto da vida dentro de uma igreja se assim desejar, sem ter que se ocupar com esposa, filhos e a construção de heranças materiais para outrem, mas apenas com a vida de suas ovelhas. O Vaticano não exige nem que o mesmo trabalhe, adotando o padre como se fosse seu próprio filho, tornando-se o novo provedor de seus recursos. Até os estudos passam a ser custeados pela igreja.

Já na Maranata, o pastor também se submete a uma exigência, só que oposta ao celibato: ser casado. E, diferente da Católica, o pastor da ICM não será sustentado pela igreja. O PES pouco ou nada fará por ele em toda a sua jornada. O pastor será obrigado a trabalhar, e, nos momentos que não estiver trabalhando, sua atenção será preferencialmente voltada para a instituição. Ele terá que lidar com sobejas atividades, obrigando-o a viver como se fosse solteiro, mesmo tendo obrigações de casado. Ora, se for para arrastar o pesado fardo do pastorado maranático, melhor é permanecer solteiro, celibatário como os padres. Pelo menos é mais humano e racional. Triste ironia!

O PES, como sempre, quer dar passos maiores do que as próprias pernas. No universo da ICM, há duas ou três igrejas por bairro ou pólos (mais, em alguns casos), e não há pastores para todas elas. A conseqüência disso é o “stress” a que se expõem os poucos pastores, que acabam assumindo várias igrejas, algumas até em outras cidades, o que lhes obriga a viajar freqüentemente. O título de pastor, na ICM, acaba sendo comparado ao de governador, uma vez que não há pastoreio, senão uma verificação periódica da situação da unidade local, entregue, efetivamente, aos cuidados dos obreiros e diáconos. Pastorear não é isso, ser auditor de congregações, ou corregedor de rebanhos.

Pastorear é cuidar, de forma personalizada, de cada membro. É inteirar-se da vida ESPIRITUAL de cada um deles, e oferecer sua (suposta) maior experiência como auxílio à caminhada do servo. Isso nada tem a ver com os padrões vistos na ICM, em que pastores levam até mais de duas semanas para “visitar” uma determinada igreja, chegam atrasados, discutem assuntos dos quais não estão inteirados, e saem correndo ao final do culto. Imagino que o grau de tensão dessas pessoas chegue a beirar o limite tolerável. Aí chega o arrogante PES, diz que ele está fazendo pouco, diz que sua família é algo secundário, que sua esposa fala demais, cobra demais, e ainda o orienta a explicar isso pra ela! Não há casamento que resista a tamanha mesquinhez.

O resultado disso é: 1) Igrejas sem pastor; 2) Esposas sem marido (embora casadas); 3) Pais distantes dos filhos; 4) Fardo pesado e inútil sobre os ombros de pessoas que até têm potencial para realizar trabalhos mais eficientes, sem desprezar a base da sociedade, que não é a “Obra-ICM”, como muitos enganados possam pensar.

Neste sentido, a ICM é MACHISTA e escraviza duas vezes a mulher: Uma no próprio lar, e outra na “unidade local”, onde ela realiza os mais difíceis trabalhos (limpeza, cuidado com as crianças, flores, etc.), enquanto os maridos são instruídos a pensar que para nada mais servem as mulheres, senão para lhes satisfazerem carnalmente e dar-lhes o “status” de casados, sem o qual não podem tornar-se pastores ou diáconos.

Em função disso, a maioria das mulheres de pastores é corroída pela ANSIEDADE e DEPRESSÃO. Estão vazias espiritualmente, secas e frias, pois não têm mais ânimo de viver na ICM, sendo, ao mesmo tempo obrigadas, por seus maridos, a viver numa mentira, numa hipocrisia, sob uma maquiagem, um disfarce que esconde a verdade de sua realidade, tendo que sorrir para tudo e todos, mesmo cheias de ansiedade e sufocante tristeza. A maior prova do que afirmamos, é que elas são as mais ausentes nas igrejas, e as mais escassas no cumprimento das orientações, ordenanças e atividades da “Obra”.

A falta de lazer, a carência de tempo livre para estar com o marido e os filhos, o impedimento de ter momentos de “folga” em casa para descanso e tranqüilidade ou para um bate-papo familiar, leva as mulheres a um sentimento de abandono. Sua vida transforma-se em um corre-corre assim como a do próprio marido. Tornam-se reféns do sistema.
Mesmo assim, a ICM promove seminários voltados à família, em que, com inexplicável cinismo, apregoam em alto e bom som que as mulheres são “o pior bicho do mundo”, pois atrapalham a caminhada de seus maridos na “Obra”. Entendemos ser isso uma afronta a Deus, que criou a mulher para ser ajudadora do homem, pessoas a quem devemos todo o nosso respeito, por termos nascido delas, e termos recebido de suas mãos o cuidado que somente as mães podem nos proporcionar

Mulheres jamais podem questionar a falta de atenção, a falta de amor, a falta de viagens e brincadeiras, a falta de tempo para o casal, sob pena de serem acusadas de dar lugar ao diabo, ou estarem “oprimidas” e “desacertadas”, precisando de uma “libertação”, por estarem atrapalhando o ministério do marido. Desesperadas, entregam-se à ansiedade e à depressão.

“Irmãos, os pastores estão passando uma luta com suas esposas. Essas mulheres são uma luta!” Onde houver uma ICM, sempre ouviremos esta queixa. Ora, lutas são esses pastores que abandonam seus lares e famílias para enredar-se diariamente nos liames das atividades da “Obra-ICM”, seja no âmbito local, ou em seminários, maanains, encontros, ensaios, inúmeras reuniões, viagens e mais reuniões… e as pobres mulheres ficam sozinhas em casa, ociosas, ansiosas e abandonadas! Para quem já vive o dilema do abandono, uma olhadela de um garotão no trabalho, na faculdade, pode desencadear sentimentos espúrios, mas até certo ponto, compreensíveis, infelizmente. As desgraças do adultério e da separação são conseqüências naturais dessa mentira apregoada pelo sistema escravocrata e ditador da ICM. Certamente, mulheres da “Obra” que abandonam sua vida profissional ou tem desempenhos pífios nos estudos, se arrastando nas faculdades, não é por outra coisa, senão pela crise de ANSIEDADE que as corrói. A falta de liberdade, a angústia, o sufoco, a falta de lazer com o marido, a falta de atenção, DESANIMA a mulher em suas tarefas seculares. Ela se torna consumida, suas forças se acabam, e ela não tem ânimo de estudar, de trabalhar, está totalmente refém dos interesses dos velhacos e mesquinhos do PES, e de seu próprio marido, que agora é uma cópia de seus mestres.

Assim funciona a mente humana. Psicologia! Uma pessoa infeliz, abandonada, com crises de ansiedade e depressão não tem ânimo de fazer nada, não dorme direito. Vive a pensar no divórcio, na separação, e em como seria uma eventual vida pós-divórcio. No fundo, ela ama o marido, mas não quer mais ser infeliz, não quer mais sofrer tanto por causa da ICM. Muitas vezes, torna-se inibida, porque não quer ser perseguida, discriminada, difamada pelos membros da ICM, os quais darão, cegamente, total apoio ao pastor, dizendo ter sido ele injustiçado, não compreendendo o estado de opressão em que se encontra a mulher.

Em adição a tudo o que já dissemos, há também o famoso terrorismo emocional (uma verdadeira “marca registrada” da ICM), inevitável nesses casos: “Mulher que acaba com o ministério do marido, Deus pesará a mão sobre ela. Viverá para sempre na desgraça.”. É como se a mulher tivesse culpa de ter seu marido preso aos grilhões da “Obra”. Quem observa imparcialmente a situação, a entende perfeitamente. E a dissimulação do PES não fica por aqui. Seu trabalho de formatação mental segue destruíndo mentes. Pastores são treinados com requintes de “talibanismo”, ouvindo continuamente de seus instrutores coisas do tipo “Se eu sair “desta Obra”, minha família pode bater a porta na minha cara. Não troco “esta Obra” nem pela minha família.”

O que inicialmente possa parecer uma declaração qualquer, traz consigo a intenção maligna do PES, que é a de colocar a mulher em desvantagem frente a seu marido. Se ela porventura resolver deixar a “Obra”, seu marido é aconselhado a abandoná-la, numa irresponsável demonstração de que ela (e os filhos, por que não dizer) vale muito menos que a ICM. O marido, dominado e infantilizado pela “mentalidade de Obra”, considerará que se até o sumo-sacerdote ama muito mais a ICM do que sua própria família, não será ele, mero pastor, que vai decepcionar a “Caifás”, “Anás” e demais prosélitos maranáticos.

“Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples.” Romanos 16:18

Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas. Filipenses 3:18-19

Tudo é bem calculado e engendrado. Muitos pastores estão cegos e envaidecidos com o “status” pseudo-sacerdotal, mas não abandonam a “Obra-ICM” para não perderem justamente esse poder que tanto afaga seu ego. Ora, se o Senhor lhes concedeu o dom do apascentamento, ele pode muito bem ser exercido em qualquer outra denominação, pois o Corpo de Cristo não é a ICM, mas um grupo de cristãos verdadeiros, dividido entre as várias denominações que conhecemos.
Mulheres e irmãos pastores, portanto, amados, vocês que acabaram de ler este artigo, acordem dessa opressão! Saibam que ela se origina do farisaísmo maranático, que nada tem a ver com o Evangelho de Cristo. O casamento é uma bênção de Deus. Não permitam que ideais religiosos o destruam. Coragem! E vençam os lobos-sacerdotes icemitas! Tomem posse da mente de Cristo!

“Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono?” Provébios 6:9
A paz de Cristo

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